segunda-feira, 12 de abril de 2010

Casos de mulheres que sofrem violência.



São várias as histórias de mulheres de diferentes classes sociais que são agredidas diariamente. Quem é leigo e acompanha estes casos deve se perguntar : Será que a punição para os que agridem fisicamente e psicologicamente continuará sendo lenta em termos de justiça ?

A nossa reportagem foi a uma das principais delegacias de mulheres de Belo Horizonte ouvir as histórias de mulheres que forem abusos, ameaças, assédios e agressões de ex-maridos. O índice de violência vem crescendo. Um dos fatos que aconteceram que foi curioso notar é que até mulheres da alta sociedade mineira também são vítimas. Um caso passado foi o da ex-esposa do ex-governador , prefeito e deputado Federal em Belo Horizonte Newton Cardoso, segundo Dora Cristina, polícial civil a vítima chegou vê-la dar a queixa contra o mesmo.

A titular especializada em atendimento a mulher, Margarete de Freitas Assis da Divisão de Polícia Civil especializada da mulher, do idosos e do deficiente afirma que a Lei 9.940 tem sido mais enérgica e a mulher ficou mais protegida . Aquele ar de impunidade que existia passou. Margarete de Freitas declara “Hoje o homem que agride uma mulher é preso em flagrante, há os plantões da delegacia, a criação de juizados, penas pecuniárias os mecanismos punitivos são diversos. ”

Maria Carolina Alcântara, moradora do Bairro Haiti sofreu ameaças de morte do ex-marido. Ele disse que ia matá-la . A polícia fez o Boletim de ocorrência e é por isto que ele não se aproximar da sua casa. Ele tem que ficar 100 metros de distância da mesma. Abalada ela não revela o nome dele e tenta conversar com uma psicóloga na delegacia, mas como estava próxima a sexta- feira santa, véspera de ferido saiu da delegacia sem ter um papo que pudesse lhe confortar com a mesma.

Dora Cristiana Ferreira, agente de polícia civil é uma das funcionárias da delegacia que funciona 24 horas. E diz que muitas vezes ela faz papel de tudo, conversa muito com as vítimas, ouvi pacientemente suas histórias. Muitas vezes passa por psicóloga . Mas afirma que há mulheres que muitas vezes usufruem da lei Maria da Penha usar contra os maridos. Por outro lado, afirma que há casos de agressão. Ela ouvi os casos e encaminha para as doutoras ou delegadas. Cada mulher agredida recebe da delegada uma representação, um documento de registro de caso de violência. Só assim é encaminhado para a justiça. Se o agressor vai a delegacia ele é detido lá por dois dias para depois ser julgado e determinado assim como foi o caso de Maria Carolina a sua distância da casa da mulher vitimada.

As mulheres de traficantes , expulsas pelos maridos de casa e em situação de alto risco, em muitos casos são encaminhadas para BENVINDA, um abrigo onde as vítimas são acolhidas em casos de tentativas de homicídio contra elas. Muitas ficam lá mais de um mês para que se evite pior contra elas.

Eliane Apolônio moradora do Bairro Paraíso e sua mãe que a acompanhava Maria Lúcia dos Santos foram a delegacia queixar do ex-marido e pai de seus dois filho, um inclusive de 4 meses. Maria Lúcia afirma que “todas as mulheres não foram feitas para apanhar”. Ela disse que quando o marido tentava batê-la ele levava também. E acrescenta que estava ali para ajudar a filha porque como ela mora na Pampulha, bem distante da filha não pode ajudá-la sempre. Elaine tomou esta atitude por medida preventiva. Para que o companheiro não a agredisse. Já que havia recebido ameaças.

Carla Vanessa Brant, mãe de três filhos trabalha como auxiliar de produção de um açougue ela e sua mãe Hilda Soares foram agredidas pelo seu ex-marido da filha. A mãe declara que nos sábado a noite , em sua casa, estava com a filha e o genro a agrediu fora da casa e quebrou os seus óculos. Ela recebeu um soco. “Acho muito ruim. Agora estou com a minha saúde abalada”. Ela teve que ir ao posto de saúde, pois teve início de infarto. A sua filha havia voltado para ele. Mas depois desta última agressão ela morava , na casa da mãe, encerrou de vez o relacionamento. Hilda Soares quer o genro na cadeia. Quer uma solução da justiça para esta história.

Este fato a seguir é uma história contada por Renata Duarte Coelho que sofreu dois tipos de violência. A primeira é a física e a segunda é a psicológica. Desde quando esperava o seu filho que hoje tem seis anos, apanhava do marido. Depois da separação de corpos, que já dura 6 anos foi seqüestrada pelo ex-marido e quase foi estuprada. Ela entrou em seu carro para entregar o exame do filho e o mesmo arrancou o carro em alta velocidade e quase matou os dois. Apavorada ainda com o ocorrido foi a delegacia de mulheres e resolveu denunciá-lo. Ainda sente muito medo do que ele possa fazer. Ela afirma que ele é um psicopata. E a cada ano que passa ele fica pior. A separação deles ainda não aconteceu. Ela é litigiosa. Declara ter separado amigavelmente, mas ele não aceitou. Segundo ela, “ quem tem dinheiro é pior”. O juiz que determinou uma pensão melhor para o filho . chegou a chamar a sua atenção pelo fato de não dar um valor ideal para a criação do mesmo. Ele possui bens, um salário de 10 mil reais e poderia pagar mais do que RS 400,00 que é o que a quantia que recusa pagar. A mãe alegou que o filho não sabe das ameaças e das psicoses do pai. Afinal ele é muito criança para compreender a situação. A mãe tem um namorado que logo será seu marido, após a separação. Ela não teria condições de fugir do mesmo porque o seu namorado é escrivão bem conhecido e não é difícil de localizá-lo. Sem a separação ela não tem acesso a nenhum bem seu, casa de praia, caro incluindo um bar perto da faculdade, em que era sócia. Esta tentativa de seqüestro fez com que ela desse queixa e depois irá ver o que um advogado poderá fazer para ajudá-la.

A denúncia dessas mulheres é uma forma delas tentarem seguir suas vidas ou para evitar um problema mais grave. Se a lei Maria da Penha, hoje, leva todos os agressores para a cadeia esta é uma pergunta que não quer se calar.

Se a mulher sofre algum tipo de violência ela pode denunciar o seu agressor pelo número 180.
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